A saúde mental do Enfermeiro brasileiro durante o combate a pandemia do coronavírus

A saúde mental do Enfermeiro brasileiro durante o combate a pandemia do coronavírus

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Dentro dos hospitais, os desafios para os profissionais de Enfermagem são diversos, existem dificuldades em relação as horas de plantão, a falta de equipamentos e o medo de ser contagiado pela Covid-19. Diante desse cenário caótico que a pandemia causou, o Enfermeiro enfrenta mais uma adversidade: manter-se saudável mentalmente.

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Em dados obtidos pelo portal G1, através do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), foi possível constatar que os profissionais da área estão com saúde mental sendo afetada diretamente durante esse momento delicado de saúde pública, veja alguns números alarmantes:
 

•    Durante 20 dias, em abril de 2020, foram 2.533 enfermeiros que buscaram por atendimento psicológico através do programa “Enfermagem Solidária”.  
•    A média é de 130 pessoas sendo atendidas diariamente através do programa que é gratuito e funciona durante 24h.
•    Rio de Janeiro (9,8%) e São Paulo (25,2%) são os estados com maior número de enfermeiros que buscaram ajuda.

 

A situação se torna ainda mais grave, pois, em um momento como esse os Enfermeiros não podem ser afastados de seu local de trabalho. Os relatos são inúmeros, e muitos reclamam de depressão, altos níveis de ansiedade e estresse, insônia e até quadros de pânico.
 

A maioria das ligações são feitas de dentro dos próprios hospitais, e duram cerca de 30 minutos cada. O clima de medo, ansiedade e a pressão são bastante intensas, os profissionais se sentem um pouco desamparados em um momento como esse, muitos já pediram afastamento, porém, sem sucesso.
 

No geral, as mulheres são as mais afetadas, segundo o Cofen. Cerca de 85,84% das enfermeiras buscam por atendimento. Muitos dos profissionais da área enfrentam uma jornada longa de trabalhando, com uma carga horária de até 12 horas diárias.
 

A preocupação de se contaminar com o vírus
 

Entre as preocupações, o medo de se contaminar e passar a doença para os familiares é grande. Os equipamentos de proteção dos profissionais são escassos em muitas regiões, e isso proporciona um clima geral de medo e insegurança.
Além disso, muitos profissionais se sentem desamparados e sofrem com o preconceito nas ruas. Muitos são os relatos de sofrerem represália das pessoas, pois, cria-se a visão de que os profissionais da saúde são os principais responsáveis por espalhar a doença.

 

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