Psicologia e violência doméstica

Psicologia e violência doméstica

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Durante o período de isolamento social, o mundo se deparou com um aumento alarmante do número de casos de violência doméstica. Diante desse cenário, a Psicologia desempenha um papel importantíssimo de acolhimento e tratamento das vítimas desse tipo de violência, além de exercer uma grande influência na eliminação de todas as formas de violência, discriminação, crueldade e opressão, buscando sempre zelar pela integridade física e mental, e proporcionar condições dignas de vida para todas as pessoas.

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O que é violência doméstica?

 

Esse tipo de violência é caracterizado pela agressão que acontece no âmbito da família e, em geral, é cometido por quem tem uma relação afetiva ou familiar com a vítima.
 

Tipos de violência doméstica
 

●    Violência física: ações que ofendam a integridade ou a saúde do corpo, como bater ou espancar, empurrar, atirar objetos na direção da mulher, sacudir, chutar, apertar, queimar, cortar ou ferir.
●    Violência psicológica: ações que causem danos emocionais e diminuição da autoestima, ou que visem degradar ou controlar comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de intimidade, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação da mulher.
●    Violência sexual: ações que forcem a mulher a fazer, manter ou presenciar ato sexual sem que ela queira, por meio de força, ameaça ou constrangimento físico ou moral.
●    Violência patrimonial: ações que envolvam a retirada de dinheiro conquistado pela mulher com seu próprio trabalho, assim como a destruição de qualquer patrimônio, bem pessoal ou instrumento profissional.
●    Violência moral: ações que desonrem a mulher diante da sociedade com mentiras ou ofensas. É também acusá-la publicamente de ter praticado crime. São exemplos: xingar diante dos amigos, acusar de algo que não fez e falar para os outros coisas que não são verdades sobre ela.

 

Violência doméstica no Brasil
 

A violência doméstica tem consequências seríssimas para a vida da vítima, e, em muitos casos, esse tipo de situação acaba escalonado para um caso de feminicídio. Ainda que haja muita divulgação sobre as questões relacionadas ao tema, parece que isso não é suficiente, pois muitos casos são subnotificados, dificultando a aplicação de medidas de proteção para a vítima e a punição do agressor.
 

Infelizmente, um número significativo de casos não consegue ser tratado da maneira adequada, o que deixa a vítima desamparada e correndo riscos. Portanto, diante da falta de assistência ainda no começo do ciclo de agressões, as mulheres acabam sendo vítimas de seus parceiros(as) e perdendo suas vidas.
 

Violência doméstica na pandemia
 

Diante do isolamento social, as vítimas de violência doméstica acabaram ficando presas com seus agressores dentro de um ambiente onde não havia saída. Além disso, por conta do coronavírus, muitas mulheres tiveram que se afastar de familiares e amigos, perderam empregos, tiveram alterações drásticas em sua rotina, com cuidado excessivo com os filhos, acesso restrito a atividades antes realizadas fora do lar, aumento das atividades domésticas etc. Todos esses fatores contribuíram para o aumento da tensão dentro do ambiente familiar.
 

Infelizmente, durante o auge da pandemia, houve estados brasileiros que registraram aumento de casos de violência contra a mulher em 258%, como o Rio Grande do Norte, segundo o Observatório da Violência do Rio Grande do Norte. Porém, é bom ressaltar que há uma série de subnotificações e uma imprecisão de dados que podem causar erros no cálculo final. Com isso, o número de casos pode ser maior.
 

Violência doméstica e psicologia
 

Diante desse cenário, infelizmente, caótico, o psicólogo desempenha um papel importantíssimo de acolhimento dessas mulheres que sofrem ou podem vir a sofrer violência doméstica. Através de um acompanhamento psicológico, é possível ajudar a vítima a identificar padrões inadequados dentro de sua relação e de seu lar, buscando sempre acolhê-la e instrumentá-la com informações para a sua própria proteção e autopreservação física e mental.
 

Dentro do ambiente familiar, acontece uma série de questões que ficam veladas, entre elas, a violência contra a mulher. Nesse caso, a melhor ferramenta é a informação, por meio da qual a vítima consegue identificar padrões agressivos e se livrar do opressor de forma segura. E, como apoio moral e terapêutico, o psicólogo pode ajudar essa vítima a se livrar das garras de uma relação abusiva.
 

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Fonte: https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/denuncie-violencia-contra-a-mulher/como-caracterizar-a-violencia-domestica-e-familiar-contra-a-mulher



 

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