Paisagismo e design biofílico: a reconexão com a natureza no espaço urbano

Paisagismo e design biofílico: a reconexão com a natureza no espaço urbano

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Considerando um mundo cada dia mais urbanizado, a busca por espaços que promovam bem-estar e qualidade de vida só tende a aumentar. Deste modo, a integração da natureza em ambientes construídos, como através do uso de estratégias de design biofílico, emerge enquanto alternativa de reconexão dos indivíduos com uma realidade que considerada a relação do ser humano com a natureza, oferecendo, esta, benefícios que vão desde a saúde mental, até a sustentabilidade ambiental.
 
Continue a leitura para entender o que é Design Biofílico e qual o seu papel no paisagismo.
 

O que é o design biofílico e como ele se integra ao paisagismo?

O design biofílico é uma abordagem que busca integrar atributos naturais nos ambientes construídos, reconhecendo a necessidade humana de se conectar com a natureza, sendo seus princípios fundamentais:
  • Presença de elementos naturais diretos (plantas, água e luz natural);
  • Elementos naturais indiretos (uso de materiais naturais e uso de formas e padrões encontrados na natureza);
  • Criação de espaços que ofereçam experiências naturais (contemplação de paisagística e sensação de refúgio). 
A importância da natureza para o bem-estar humano é amplamente documentada, onde estudos demonstram que o contato com ambientes naturais reduz o estresse, melhora o humor, aumenta a concentração e estimula a criatividade. Tal ligação, conhecida como “biofilia”, sugere que a nossa evolução moldou uma preferência inata por ambientes naturais, essenciais para o nosso desenvolvimento físico, cognitivo e emocional, e a privação dessa conexão no ambiente urbano moderno pode contribuir para problemas de saúde mental e física.
 
 
Deste modo, o paisagismo atua como uma ferramenta fundamental para a integração do design biofílico, traduzindo os princípios biofílicos em soluções práticas, através da seleção e disposição de plantas, da criação de espaços de água, da otimização da iluminação natural e da incorporação de materiais naturais.
 
É importante ressaltar que o paisagismo biofílico não se limita à estética, mas busca criar espaços funcionais que promovam a interação com a natureza, oferecendo refúgio, estimulando os sentidos e proporcionando uma sensação de pertencimento ao mundo natural dentro do ambiente construído.
 
 

Benefícios comprovados na saúde mental, produtividade e sustentabilidade

A influência de ambientes com elementos naturais na saúde psicológica é significativa e diversas pesquisas já indicam que a exposição à natureza reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta a atividade do sistema nervoso parassimpático, associado ao relaxamento, além de demonstrarem que passar tempo em ambientes naturais está associado a uma menor incidência de depressão e ansiedade.
 
 
No ambiente de trabalho, a integração de elementos biofílicos tem se mostrado um fator de aumento da produtividade e da concentração, como apontado no relatório da Human Spaces, que revelou que funcionários em escritórios com design biofílico relataram um aumento de 15% no bem-estar, 6% na produtividade e 15% na criatividade. A presença de luz natural, vistas para áreas verdes e plantas contribui para um ambiente de trabalho mais agradável e estimulante, reduzindo o absenteísmo e aumentando o engajamento dos colaboradores.
 
Além dos benefícios para a saúde e a produtividade, o paisagismo biofílico também contribui para a sustentabilidade ambiental, pois a vegetação em ambientes urbanos ajuda a reduzir o efeito de ilha de calor, melhora a qualidade do ar através da absorção de poluentes e da liberação de oxigênio, e auxilia na gestão da água da chuva. Além disso, a escolha de espécies nativas e a criação de espaços verdes biodiversos também promovem a conservação da fauna e da flora local, tornando as cidades mais resilientes e ecológicas.
 
 

Tendências e exemplos aplicados em ambientes urbanos e corporativos

Em ambientes urbanos, observa-se uma crescente tendência na criação de parques lineares, telhados verdes e jardins verticais. O High Line em Nova York, um parque construído sobre uma antiga linha férrea elevada, é um grande exemplo de como espaços abandonados podem ser transformados em oásis verdes para a comunidade.
 
Já em São Paulo, iniciativas como a revitalização de praças, como a reabertura do Parque Augusta, e a criação de corredores ecológicos, como na Avenida 23 de Maio, demonstram o potencial de integrar a natureza no tecido urbano, proporcionando espaços de lazer, convívio e bem-estar para os cidadãos.
 
No setor corporativo, empresas estão cada vez mais investindo em escritórios com design biofílico, onde a incorporação de paredes verdes, átrios com plantas, luz natural abundante e materiais naturais como madeira e pedra criam ambientes de trabalho mais saudáveis e motivadores. Como exemplo, tem-se a Amazon, com sua sede em Seattle, que inclui esferas de vidro repletas de plantas, exemplificando como a biofilia pode ser integrada em grande escala, criando espaços únicos que promovem a conexão com a natureza e o bem-estar dos funcionários.
 
Entretanto, a aplicação do paisagismo e do design biofílico não se restringe a grandes projetos. Alguns hospitais que contam com jardins terapêuticos e vistas para a natureza têm demonstrado acelerar a recuperação de pacientes e reduzir a necessidade de analgésicos. Em escolas, espaços verdes e jardins educativos estimulam o aprendizado, a criatividade e o desenvolvimento social das crianças.
 

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