A fisioterapia cardiorrespiratória compreende uma especialidade da fisioterapia que se dedica à prevenção, tratamento e reabilitação de distúrbios que afetam os sistemas cardiovascular e respiratório.
O principal objetivo deste método fisioterápico é a otimização da função pulmonar e cardíaca, promovendo a melhora da qualidade de vida e a capacidade funcional de indivíduos com diversas condições de saúde.
A área abrange uma grande amplitude de técnicas e procedimentos que visam restaurar a capacidade respiratória, aumentar a resistência física e reduzir os sintomas associados a doenças cardiorrespiratórias.
Continue a leitura para conhecer os principais exercícios respiratórios da fisioterapia cardiorrespiratória.
Como a Fisioterapia Cardiorrespiratória pode melhorar a qualidade de vida?
A fisioterapia cardiorrespiratória desempenha um papel fundamental na melhoria da qualidade de vida de pacientes com condições crônicas ou agudas, atuando por meio de intervenções específicas, onde se torna possível a promoção da otimização da função pulmonar, resultando em uma maior capacidade de realizar atividades diárias sem dispneia ou fadiga excessiva.
A reabilitação respiratória, parte integrante dessa especialidade, contribui para a redução de internações hospitalares e a diminuição da necessidade de medicamentos, impactando de forma direta e positiva na autonomia e no bem-estar dos indivíduos.
Além dos benefícios diretos na função respiratória, a fisioterapia cardiorrespiratória também atua na reabilitação cardiovascular, auxiliando na recuperação após eventos cardíacos e na gestão de doenças crônicas como a hipertensão e a insuficiência cardíaca.
A prática regular de exercícios terapêuticos e o acompanhamento profissional resultam em um aumento da resistência física e uma melhor resposta do sistema circulatório, permitindo que os pacientes retomem suas rotinas com mais segurança e confiança, melhorando a capacidade funcional global.
Qual o impacto da fisioterapia cardiorrespiratória na vida do paciente?
O impacto da fisioterapia cardiorrespiratória é positivo e transcende o aspecto físico, influenciando, também, na saúde mental e emocional do paciente, onde a melhora da capacidade respiratória e a diminuição dos sintomas promovem uma sensação de bem-estar geral, reduzindo a ansiedade e a depressão, frequentemente associadas a doenças crônicas.
Ao fortalecer o corpo e proporcionar mais controle sobre a respiração, a fisioterapia capacita os pacientes a viverem uma vida mais ativa e plena, melhorando significativamente a qualidade de vida.
→ Confira como a fisioterapia pode ajudar pacientes paliativos
Quais são as doenças pulmonares mais comuns?
A fisioterapia respiratória é fundamental para o manejo de diversas doenças pulmonares que afetam milhões de pessoas globalmente. Dentre das condições mais prevalentes, destacam-se a asma, caracterizada pela inflamação das vias aéreas, e a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), que engloba a bronquite crônica e o enfisema, frequentemente associadas ao tabagismo.
As doenças respiratórias costumam limitar o fluxo de ar e dificultar a respiração, assim, a fisioterapia surge enquanto pilar necessário para a promoção do alívio dos sintomas e para a melhoria da função pulmonar.
Dentre outras doenças pulmonares que podem se beneficiar da fisioterapia cardiorrespiratória estão:
- Fibrose cística;
- Bronquiectasias;
- Pneumonia;
- Bronquiolite;
- Fibrose pulmonar;
- Derrame pleural;
- Atelectasias;
- Câncer de pulmão.
Exercícios respiratórios essenciais para prevenção e recuperação de doenças pulmonares
A realização de exercícios respiratórios é imprescindível para a prevenção e recuperação de doenças pulmonares, tais como asma e DPOC, pois atuará na otimização da função pulmonar.
Além disso, os exercícios também podem ser grandes auxiliares na recuperação de doenças e condições pulmonares, como os sintomas colaterais da Covid-19. A fisioterapia cardiorrespiratória, portanto, irá ajudar na restauração da capacidade pulmonar e da resistência física, fortalecendo o sistema respiratório e prevenindo crises respiratórias graves. Confira alguns exercícios que podem ser realizados:
1. Respiração diafragmática (respiração abdominal)
Benefícios: fortalece o diafragma, músculo principal da respiração, e melhora a eficiência da troca gasosa, além de reduzir a frequência respiratória e a demanda de oxigênio.
Como fazer: deite-se de costas com os joelhos dobrados e uma mão sobre o abdômen, e inspire lentamente pelo nariz, sentindo o abdômen elevar-se. Depois, expire lentamente pela boca com os lábios semicerrados, contraindo o abdômen.
2. Respiração com lábios semicerrados
Benefícios: ajuda a manter as vias aéreas abertas por mais tempo, facilitando a saída de ar viciado e otimizando a ventilação, e contribui para a redução da dispneia e a melhora da oxigenação.
Como fazer: inspire lentamente pelo nariz e em seguida, expire devagar pela boca, como se estivesse soprando uma vela, mantendo os lábios levemente cerrados para criar uma resistência.
3. Exercícios de expansão torácica
Benefícios: aumentam a capacidade pulmonar e a mobilidade da caixa torácica, prevenindo a rigidez e melhorando a entrada de ar nos pulmões, sendo úteis na prevenção de atelectasias.
Como fazer: sente-se ou fique em pé com a postura ereta e inspire profundamente, expandindo o tórax e elevando os braços acima da cabeça. Em seguida, expire lentamente enquanto abaixa os braços, retornando à posição inicial.
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