Sucralose - Esclareça dúvidas sobre o uso de adoçantes

Sucralose - Esclareça dúvidas sobre o uso de adoçantes

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Nos últimos dias, circularam pelas redes sociais notícias e comentários negativos sobre a sucralose, afirmando que o adoçante poderia causar aumento da secreção de insulina e alterações na tireoide, e até estar associado ao câncer.

Isso alarmou alguns nutricionistas, gerando dúvidas a respeito da indicação desse tipo de adoçante a seus pacientes, levando o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) a se pronunciar a respeito do tema por meio da publicação de uma Recomendação.
Segundo o CFN, não foram encontrados estudos científicos (desenvolvidos com humanos e em quantidade representativa) que suportassem as afirmações de que o consumo do edulcorante aumentaria a secreção de insulina ou causaria alterações na tireoide e câncer.

O CFN ressalta, ainda, que a sucralose teve aprovação como edulcorante de mesa em 1998, pelo Food and Drug Administration (FDA), e como adoçante de uso geral em 1999. Para tanto, o FDA fez a revisão de mais de 100 estudos de segurança realizados no edulcorante, que incluíram avaliações sobre a possibilidade de causar câncer, e os resultados não demonstraram nenhuma ameaça à saúde humana.

A Ingestão Diária Aceitável (ADI, na sigla em inglês) é de 0-15 mg / kg de peso corporal (última avaliação em 1990), segundo o resumo das avaliações realizadas pelo Comitê Misto Food and Agriculture Organization of the United Nations/World Health Organization (FAO/WHO) de Peritos em Aditivos Alimentares.

No dia 1o de agosto de 2015, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, registrou que "evidências obrigam o instituto a cumprir com sua responsabilidade de informar à população que o consumo de adoçantes artificiais está associado ao desenvolvimento de algumas doenças, inclusive do câncer”. No entanto, o texto não faz menção específica à sucralose como causadora de malefícios, mas sim à sacarina sódica, ao aspartame e a edulcorantes em geral. 

A Unidade Técnica de Alimentação, Nutrição e Câncer do INCA informou que não há nenhuma evidência de que o câncer possa ser desenvolvido em humanos devido ao consumo de sucralose. Porém, afirmou que há motivos para o reconhecimento da hipótese de relação entre o uso de adoçantes não nutritivos e o risco de desenvolver a doença, razão pela qual o Instituto adotou a recomendação para que se evite o consumo de qualquer tipo de adoçante artificial, inclusive a sucralose, para a população sem indicação clínica específica para o uso da substância.

O CFN recomendou, ainda, algumas medidas aos nutricionistas:

1- O nutricionista deve analisar com rigor técnico-científico qualquer tipo de prática ou pesquisa, adotando-a somente quando houver níveis consistentes de evidências científicas – sendo que informações repassadas em redes sociais, mídias e eventos sem a apresentação das referências literárias das informações não devem respaldar a prática profissional.

2- Manter constante leitura, pesquisa, estudo e consulta a órgãos que realizam pesquisas, como os mencionados, para atendimento aos pacientes ou outras condutas profissionais.

3- Indicar adoçante artificial apenas a pacientes com necessidade clínica específica para o uso da substância, respeitando-se os limites de Ingestão Diária Aceitável.

Para saber mais sobre o posicionamento dos órgãos, consulte a nota divulgada pelo CFN na fonte: 

http://www.cfn.org.br/index.php/recomendacao-cfn-no-32016-sucralose/

0800 767 8727 | (11) 2714-5699