SEXUALIDADE HUMANA - EDUCAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO.

SEXUALIDADE HUMANA - EDUCAÇÃO, PREVENÇÃO E TRATAMENTO.

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Prof. Paulo Canella

A orientação sexual, é a manifestação que uma pessoa sente e percebe como sua forma de sentir-se atraída e interessada sexualmente. É a forma de expressão da direção que o impulso sexual toma, em relação ao objeto de desejo e realização da sexualidade.

O desejo sexual advém de uma pulsão inerente ao ser humano, porém desenvolvem formas próprias de manifestação em função da constituição biopsicossocial de cada indivíduo.

Apesar de na maioria das sociedades, o comportamento heterossexual ser a orientação sexual mais freqüente, atividades homossexuais e bissexuais, foram constantes em alguns momentos da vida de algumas pessoas e/ou são realmente as atitudes mais adotadas, por uma parcela de indivíduos em algumas culturas em determinadas épocas.

Por muito tempo segundo a homossexualidade foi considerada uma doença congênita, advinda de falhas genéticas e predisposições do sistema nervoso. O termo homossexual caracteriza pessoas que têm desejos sexuais por indivíduos do mesmo sexo; e bissexuais, indivíduos que têm desejos sexuais por ambos os sexos. Apesar das várias idéias negativas, que se associaram em torno dos indivíduos com orientação homossexual, finalmente em 1974, a Associação Americana de Psiquiatria, decidiu tirar o homossexualismo do rol das doenças psiquiátricas, posto que os estudos sobre o comportamento sexual concluíram, que não existem medidas psicológicas e ou de outros traços de personalidade, que possam distinguir os homossexuais dos heterossexuais e que não existem provas, de que as taxas de instabilidade emocional ou de doença psiquiátrica entre os homossexuais, sejam maiores que dentre os heterossexuais.

Dentre os distúrbios vinculados ao gênero, parece-nos necessário ressaltar as diferenças entre indivíduos denominados: Travestis e pessoas tidas como Transexuais. As confusões são freqüentes porém trata-se de duas diferentes formas de ser.

O travestismo caracteriza-se pelo uso de roupas e acessórios culturalmente determinado ao sexo oposto. Podendo estes indivíduos, travestir-se completamente ou simplesmente utilizar-se de determinadas peças específicas. Tal uso tem como objetivo parecer pertencer ao outro sexo e/ou obter excitação sexual através do uso do traje.

Tais comportamentos podem apresentar-se de maneira constante ou ocorrer esporadicamente. A libido de tais pessoas está, na maioria dos casos, em boa forma e elas utilizam os seus genitais, como forma de obter prazer em contatos heterossexuais, homossexuais ou bissexuais, variando de pessoa para pessoa, ou de época para época, durante a vida. Em certos casos, as linhas divisórias para um diagnóstico preciso entre travestis e transexuais necessita de tempo e precisão. Já que em algumas vezes, os conflitos vividos em relação das suas identidades, em função das várias pressões sexuais sócio-culturais alem de eventuais traumas relacionais, exige exame apurado em relação a transexualidade.

O transexualismo caracteriza-se pelo sentimento de inadequação entre a realidade psíquica e o corpo físico. Os portadores são indivíduos com cabeça feminina em um corpo de homem, ou homens psiquicamente com um corpo de mulher.

O transexual apresenta um sentimento de infelicidade ou depressão dependente do próprio sexo. O Manual Diagnóstico e Estatístico de transtornos Mentais, (2002) da Associação Americana de Psiquiatria caracteriza o transtorno de identidade de gênero como:

    Uma forte e persistente identificação com o gênero oposto, ou seja, não um mero desejo de obter qualquer vantagem cultural atribuída ao fato de ser do sexo oposto.

    Desconforto persistente ou sentimento de inadequação ao papel de gênero do seu sexo.

    A perturbação não é concomitante a uma condição intersexual física.

    A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo. (DSM 2002, pág. 552.)

Os transexuais lutam pela necessidade de coerência entre suas percepções pessoais e sua aparência externa. Querem alterar seu corpo e os rótulos biológicos e de gênero que lhes foram determinados, posto que seu corpo é percebido como um erro.

 

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