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	Entendendo a transferência na Psicologia de Jung
	A transferência na Psicologia Analítica de Carl Jung acontece quando inconscientemente projetamos nossa condição subjetiva em uma pessoa – seja um traço positivo ou negativo – e então pensamos que vemos esse traço de caráter objetivamente naquela pessoa.
	De acordo com o artigo de Jesamine Mello, o objetivo de resolver a transferência é levar esses conteúdos subjetivos de volta para dentro do indivíduo, e não resolvê-los e dissolvê-los por meio da análise.
	Esse fenômeno de transferência pode estar presente na própria relação entre paciente e terapeuta, com o paciente projetando inconscientemente no profissional determinados sentimentos, como confiança extrema, amor, raiva e dependência.
	Mas o grande ponto de virada está na contratransferência, em que o próprio profissional enfrenta a possibilidade de que seus próprios sentimentos e conflitos internos também possam ser transferidos para o paciente.
	Até que ponto a transferência e a contratransferência são saudáveis?
	Jung reconhecia a validade da ligação entre paciente e terapeuta por meio de fenômenos como a transferência e a contratransferência, discordando da técnica freudiana de procurar evitá-las, pois dizia ser inevitável “que o médico seja de certa forma influenciado, e que a sua saúde nervosa sofra alguma perturbação ou dano”.
	O psiquiatra suíço ainda dizia que “o fato de o paciente transmitir ao médico um conteúdo ativado do inconsciente também constela neste último o material inconsciente correspondente, através da ação indutiva regularmente exercida em maior ou menor grau pelas projeções. Médico e paciente encontram-se assim numa relação fundada na inconsciência mútua”.
	Como o terapeuta deve agir para que a transferência e a contratransferência não sejam nocivas?
	Apesar de se tratar de um fenômeno natural e parte do processo de cura por meio da Psicologia Analítica, tanto a transferência quanto a contratransferência devem ser controladas, e é papel do profissional se atentar a alguns pontos ao:
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		saber deixar o paciente no lugar de terapia;
 
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		evitar ser íntimo na vida social;
 
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		esclarecer a regra de contrato terapêutico, ressaltando que o único elo é a terapia;
 
- chamar o paciente para a realidade do papel proposto em sessão nos casos em que ele esteja envolvido emocionalmente em demasia.
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