Por que temos chulé?

Por que temos chulé?

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O mau odor nos pés nem sempre é causado por má higienização. Os pés possuem muitas bactérias que vivem sobre a pele, as quais liberam diversos compostos químicos ao se alimentarem de células mortas e suor, causando o chulé ou bromidose plantar, como conhecido entre os médicos.

Cada pé humano tem, em média, 600 glândulas sudoríparas por centímetro quadrado. Esses pequenos orifícios secretam uma "mistura" de água, sais, vitaminas, proteínas e ureia (suor), que, junto com células mortas, tornam-se alimento das bactérias que vivem na região. Essas glândulas fermentam tais nutrientes e eliminam alguns compostos químicos, como o ácido isovalérico e metanotiol. Juntos, esses ácidos causam o chulé. 
Alguns tipos de queijo também possuem em sua composição alguns desses ácidos, que são liberados pelas bactérias neles presentes, de modo que produzem um odor semelhante ao chulé.

Em razão do número elevado de bactérias residentes nos pés, é difícil identificar com precisão quais são responsáveis por eliminar os referidos compostos químicos. Biólogos ingleses da Universidade de Loughborough mapearam a população de bactérias existentes nos pés e, na opinião deles, há pelo menos cinco grupos de destaque, entre eles os estafilococos, que, de acordo com o observado pelos pesquisadores, estavam sempre relacionados ao ácido isovalérico, um dos responsáveis pelo odor característico do chulé. Esse tipo de bactéria é mais comum na sola do pé, principalmente entre os dedos, o que explicaria por que a região é uma das mais fedorentas.

Algumas medidas podem ser tomadas para evitar o mau odor nos pés:

Não usar o mesmo sapato por vários dias, revezando dois ou três pares ao longo da semana.
Preferir calçados mais leves, que permitam maior ventilação nos pés.
Evitar usar sempre a mesma meia.
Após o uso, deixar os sapatos em locais ventilados, de preferência expostos ao sol.
Lavar os pés preferencialmente com sabão antisséptico, e secar bem, podendo usar até mesmo um secador de cabelos para isso.
Para sapatos fechados, preferir meias finas ou de algodão; caso necessário, trocar as meias pelo menos uma vez ao dia.
Usar talcos antissépticos, que devem ser aplicados na meia ou diretamente nos pés, principalmente entre os dedos.

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