Pesquisa informa que amor de mãe faz cérebro do filho se desenvolver mais

Pesquisa informa que amor de mãe faz cérebro do filho se desenvolver mais

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Um estudo realizado pela Universidade de Washington descobriu relação entre crescimento do cérebro e afeto de mãe. A psiquiatra infantil Joan Luby, autora do estudo, revelou que esse crescimento ocorre duas vezes mais rápido em crianças cujas mães demonstravam afeto e apoio emocional, em comparação com as mães mais distantes.

O que é visível nas imagens do cérebro é que o tipo de criação era mais benéfica para crianças com menos de seis anos, assim, mesmo que uma mãe passe a ser afetuosa com o filho um pouco mais velho, não irá compensar os anos negligenciados. 
Para a pesquisadora, o amor materno é mais importante nos primeiros anos de vida, pois há um período crucial em que o cérebro responde mais ativamente a esse apoio.
Dessa forma, para qualificar o tipo de mãe, um teste foi realizado com 127 crianças que faziam, periodicamente, exames de ressonância magnética no cérebro já no início da fase escolar até a adolescência.

Inicialmente, as mães foram gravadas em uma situação em que tinham de fazer alguma tarefa estressante na presença do filho. Posteriormente, enquanto concluíam a tarefa, era dado aos filhos um presente com um embrulho atraente, mas que eles não podiam abrir de imediato.

As situações, nesse teste, eram similares àquelas do dia a dia, que demandam atenção da mãe em momentos em que ela não pode dar, uma vez que está atarefada, seja cuidando da casa, de outro filho etc. 

Assim, o que estava por trás desse teste, na verdade, era demonstrar os verdadeiros desafios às habilidades maternas.

No entanto, ao finalizar o teste, algumas mães conseguiram manter o autocontrole e completar a tarefa ao mesmo tempo em que ofereciam apoio emocional ao filho, por isso foram classificadas como afetuosas e acolhedoras.

Por outro lado, as mães que ignoravam ou davam pouca atenção à criança recebiam notas menores com relação ao quesito apoio emocional.
De acordo com as ressonâncias, estava claro o impacto das diferenças de comportamento das mães no hipocampo dos filhos. Essa área é a responsável por habilidades como controle das emoções, memória e aprendizado.
"Pequenas mudanças no apoio emocional geram grandes diferenças no resultado final. A relação entre uma criança e a mãe durante o período pré-escolar é vital, e ainda mais importante do que quando a criança é maior", afirmou Joan para o site especializado em ciência, Science Daily. 

Segundo a pesquisadora, essa relação mãe/filho é crucial quando a criança é menor, uma vez que a plasticidade cerebral é maior, o que significa que o cérebro é afetado mais vigorosamente por experiências no começo da vida.
Além disso, o estudo também revelou que a trajetória de crescimento do hipocampo estava associada com um desenvolvimento emocional mais saudável quando os filhos passavam para a adolescência.

Joan afirmou ainda que essa pesquisa sugere que talvez seja possível ajudar os filhos a se desenvolverem de forma saudável, fazendo com que os pais aprendam a apoiar e oferecer afeto nos primeiros anos de vida da criança.

"Também sabemos que fornecer esse apoio aos pais pode ter um impacto positivo em outras características do desenvolvimento infantil, sejam comportamentais ou de adaptação. Então, temos uma razão muito lógica para encorajar políticas que ajudem os pais a oferecer mais apoio emocional aos filhos", afirma a autora do estudo.

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