Pesquisa em estomaterapia: o que há de novo no Brasil e no mundo?
A enfermagem em estomaterapia está em constante evolução, portanto, para que os profissionais ofereçam os melhores tratamentos, é fundamental acompanhar as pesquisas científicas mais recentes, tanto no Brasil quanto no exterior.
Manter-se atualizado sobre os avanços na área de estomaterapia é fundamental para a garantia de um cuidado mais eficaz, seguro e embasado em evidências, sendo um diferencial na prática clínica.
Continue a leitura e conheça algumas inovações em estomaterapia.
Plataformas eHealth para o autocuidado
O avanço da tecnologia e a popularização dos aplicativos de saúde abrem um novo caminho para o cuidado ao paciente com estomia, onde estudos recentes demonstram que o uso de plataformas digitais pode facilitar o monitoramento diário da estomia e ajudar a identificar complicações de forma precoce, fortalecendo o autocuidado.
Uma pesquisa publicada no JMIR Human Factors destacou o papel do enfermeiro no desenvolvimento desses recursos, mostrando que especialistas em estomaterapia foram os responsáveis por definir os conteúdos das plataformas.
Esses materiais foram pensados para oferecer teleassessoria e auxiliar o usuário na autorreflexão sobre sua condição clínica. A integração dessas ferramentas na prática profissional é uma tendência que otimiza o tempo de atendimento e garante que o paciente receba orientações de forma contínua, resultando em maior segurança e adesão ao tratamento.
Inovações em bolsas e dispositivos: foco no conforto
As inovações em dispositivos e bolsas de estomia são um campo fértil de pesquisa, cujo foco é sempre em aumentar o conforto e a segurança do paciente.
No Brasil, por exemplo, o desenvolvimento de bolsas de colostomia com válvula de irrigação está em fase de testes, e um estudo publicado mostrou que essa tecnologia reduziu significativamente queixas de desconforto, eliminação de gases e odor em pacientes.
Já no cenário global, a pesquisa também avança na melhoria de produtos, onde um estudo da Coloplast com mais de 3.000 usuários e 500 enfermeiros demonstrou que a adoção de protocolos na seleção de produtos ajudou a reduzir os vazamentos de bolsas, uma melhoria que impacta diretamente na qualidade de vida e na saúde da pele periestomal.
A busca por materiais que minimizem reações alérgicas também atua como alicerce para o futuro da área, pois, para o enfermeiro, estar a par desses estudos é imprescindível para que melhor consiga indicar soluções e promover um cuidado mais humanizado.
Telenfermagem e telemonitoramento: um novo modelo de cuidado
Um ensaio clínico brasileiro, publicado na revista Estima em 2023, mostrou que o acompanhamento remoto contribui para uma melhor adaptação da pessoa com estomia. Esse modelo de cuidado, que inclui visitas virtuais e resolução de dúvidas em tempo real, resulta em maior adesão ao tratamento e menor incidência de complicações.
Além de melhorar a adesão, o telemonitoramento oferece uma solução prática e eficiente, alinhada às diretrizes de cuidado integrado, evitando internações desnecessárias e otimizando recursos, o que é de grande relevância, especialmente para sistemas de saúde pública.
A capacidade de prestar assistência contínua e acessível, independente da distância geográfica, torna a telenfermagem uma tendência forte para a enfermagem em estomaterapia.
Panorama mundial e tendências
O mercado global de estomaterapia está em crescimento e as projeções apontam para um foco em materiais que ofereçam mais conforto, personalização e o uso de educação digital para pacientes.
Essas tendências mostram uma preocupação crescente em aliar tecnologia e inovação ao bem-estar da pessoa, e a pesquisa em estomaterapia se expande com eventos científicos que reúnem especialistas para compartilhar descobertas.
No Brasil, eventos como o organizado pela USCS em novembro de 2024, ‘Lesões por Pressão: Estratégias de Prevenção’, surgem como espaços fundamentais para a discussão de novas tecnologias e a apresentação de estudos clínicos.
A participação em congressos e a leitura de artigos científicos também surgem como passos essenciais para o enfermeiro estomaterapeuta que deseja estar na vanguarda do conhecimento.
A pesquisa em enfermagem, hoje, aponta para um futuro em que o cuidado ao paciente com estomia será cada vez mais integrado, personalizado e embasado em evidências, impulsionando a enfermagem em estomaterapia a um novo patamar de excelência.
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O mercado da enfermagem está cada vez mais competitivo e exigindo por especialistas com conhecimentos aprofundados e práticos. Neste contexto, a Pós-graduação em Enfermagem em Estomaterapia: Estomias, Feridas e Incontinências, da Universidade Municipal de São Caetano do Sul, foi idealizada para oferecer aos enfermeiros a confiança e a segurança para que atuem com excelência.
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A Especialização em Estomaterapia da USCS é acreditada pela SOBEST, conferindo ao enfermeiro uma formação com reconhecimento nacional e internacional.
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