Os primeiros anos na carreira são essências para definir futuro e maturidade dos jovens

Os primeiros anos na carreira são essências para definir futuro e maturidade dos jovens

image

Os primeiros dez anos na carreira podem definir mais do que se esperava na vida dos jovens, de acordo com estudo da Revista The Economist sobre a chamada geração Y. Os anos mais essenciais que definem toda a trajetória de vida, hábitos de trabalho, pontualidade e habilidades sociais podem ser o diferencial para, futuramente, ter uma renda maior e, inclusive, mais estabilidade emocional.

Iniciar uma pós-graduação pode ser importante para delimitar o caminho que a carreira vai tomar. Especializar-se em algo é essencial ainda nos primeiros anos, para preparar o profissional para um mercado de trabalho em crise e altamente seletivo, pois profissionais sem experiência encontram maior dificuldade em demonstrar as suas habilidades para empresas. Estas, por sua vez, quando percebem que não podem se livrar de insucessos, ficam relutantes nas contratações. Esse cenário é agravado quando a economia não está bem e a corporação tem que suportar o enorme custo fixo de colaboradores mais velhos, que foram contratados em tempos melhores.

De acordo com o estudo, se uma pessoa fica desempregada por muito tempo, sua autoconfiança fica abalada e frágil, e menos ela aparece para os empregadores em potencial, tornando mais provável a hipótese de ela desistir de tentar uma melhor posição e aceitar um emprego de subsistência, mal remunerado, precário ou temporário. O caso se agrava ainda mais se a pessoa é jovem, pois ela ainda não tem os princípios de excelência e habilidades enraizados em seus hábitos, de modo que, se, por exemplo, aos 22 anos de idade, passar meros seis meses sem emprego, ao completar 23 anos pode ganhar até 8% a menos, afirmam Thomas Mroz, da Universidade da Carolina do Norte, Chapel Hill, e Tim Savage, da Welch Consulting.

Em termos mundiais, o cenário de desemprego juvenil é, em média, 13%, e entre adultos a média chega a 4,5%. No Brasil, entretanto, essa média é de cerca de 16% só entre jovens, um número maior que a média mundial, porém muito menor se comparado ao de jovens sul-africanos desempregados, que chega a 63%. 

Para os pesquisadores David Bell, da Universidade de Stirlingand, e David Blanchflower, do Dartmouth College, pessoas menos felizes que o esperado aos 50 anos de idade estavam desempregadas quando tinham em torno de 20 anos. 
Além disso, homens que estavam sem emprego durante a juventude são remunerados entre 13% e 21% a menos aos 42 anos em comparação com quem estava empregado, afirmaram Paul Gregg e Emma Tominey, da Universidade de Bristal.

O estudo levantou dados da Ásia, África, América e Europa, e considerou aspectos sobre educação, carreira, família, mobilidade e violência, além de avaliar obstáculos enfrentados pela geração Y analisando cenários futuros de como a situação estará quando seus integrantes  estiverem no “controle” do mundo.

Fonte:

 


0800 767 8727 | (11) 2714-5699