
A neuropsicopedagogia, por ser uma área interdisciplinar que une os conhecimentos da neurociência, psicologia e pedagogia, se responsabiliza pelo entendimento do modo como o cérebro aprende.
Além disso, essa área visa investigar os mecanismos cerebrais subjacentes à aprendizagem, buscando entender as melhores práticas para otimizar o processo educativo, especialmente em casos de dificuldades ou transtornos.
Neste contexto, a neuropsicopedagogia, ao explorar as bases neurobiológicas do vínculo e das emoções, consegue demonstrar como a dimensão afetiva pode ser uma grande aliada para o desenvolvimento cognitivo e emocional no processo de aprendizagem.
Continue a leitura para entender o papel do afeto e do vínculo na construção da aprendizagem.
Afeto como alicerce da aprendizagem: a influência das emoções no cérebro em desenvolvimento
Muitos estudos demonstram como o afeto age enquanto modulador essencial para a aprendizagem, assim, a neuropsicopedagogia conclui que sentimentos positivos, como alegria e segurança, têm a capacidade de impulsionar a neuroplasticidade, a habilidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões neurais, capacidades necessárias para a aquisição e consolidação da memória, responsáveis por facilitar o processamento de informações e a construção de novos saberes.
A presença de emoções positivas estimula a liberação de neurotransmissores como a dopamina, ligada à motivação e ao prazer, e a serotonina, que promove o bem-estar, e em um ambiente escolar, isso significa que interações afetivas e de apoio entre educadores e alunos podem ativar áreas cerebrais vitais para a atenção e o engajamento.
O ambiente escolar é um dos principais locais atrelados a estados emocionais negativos, como o medo ou a ansiedade, que, por sua vez, podem criar um bloqueio, impedindo que o cérebro processe e retenha informações de forma eficaz.
Portanto, o desenvolvimento infantil está diretamente conectado às experiências emocionais que a criança vivencia. Assim, uma abordagem pedagógica que integra o cuidado emocional não apenas nutre o bem-estar psicológico do aluno, mas também otimiza o funcionamento de seu cérebro, tornando-o mais receptivo e apto a aprender.
O vínculo educador-aluno como potência de desenvolvimento cognitivo e emocional
O vínculo afetivo entre o educador e o aluno é uma ponte fundamental que conecta o universo emocional ao cognitivo, e a neuropsicopedagogia demonstra que uma relação pautada na confiança, na escuta ativa e no reconhecimento individual cria um ambiente de segurança que permite que o cérebro se sinta aberto e pronto para explorar novos aprendizados.
O vínculo afetivo não age apenas como um fator facilitador, mas também uma estratégia terapêutica fundamental. Para estudantes que enfrentam desafios como dificuldades de aprendizagem ou com histórico de fracasso escolar, por exemplo, um relacionamento positivo e seguro com o educador pode ressignificar suas experiências.
Quando um educador demonstra genuíno interesse pelo aluno e reconhece suas potencialidades, ele, além de construir uma boa relação, está ativando circuitos cerebrais que promovem a motivação, a resiliência e a autorregulação emocional do estudante.
Intervenções afetivas na prática neuropsicopedagógica: do acolhimento ao engajamento
A prática pedagógica pode ser intencionalmente enriquecida por estratégias afetivas que fortalecem o vínculo e promovem o engajamento, onde abordagens como o uso de narrativas pessoais, a escuta ativa e a realização de rodas de conversa criam espaços onde as emoções podem ser expressas e validadas.
A neuropsicopedagogia preconiza que o cuidado com o aspecto emocional deve ser uma parte orgânica da rotina escolar, e não apenas uma atividade isolada, portanto, criar um ambiente acolhedor, onde as necessidades emocionais são consideradas, permite que o processo de aprendizagem floresça, beneficiando os alunos e capacitando os educadores a se tornarem mais sensíveis e eficazes em suas práticas.
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