Intolerância é sintoma de falta de conhecimento

Intolerância é sintoma de falta de conhecimento

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por Rita Alves


 

Os últimos acontecimentos durante a partida de futebol entre o Cruzeiro e

o Real Garcilaso, um time do Peru, em que o jogador Tinga foi amplamente

escarnecido a cada vez que tocava na bola, por ser negro, sinalizou a todos nós

a barbárie que é um ser humano hostilizar outro por causa da cor de sua pele.


Tem crescido o número de simpatizantes neonazistas. E isso não é apenas uma

tendência nacional, não é apenas no Brasil que este fenômeno tem acontecido. 

 É um assunto de relevância mundial que aponta para tendências radicais de

grupos racistas.


A antropóloga e pesquisadora da Unicamp, Adriana Dias, fez um mapeamento:

De 2002 a 2009, o número de sites que veiculam informações de interesse

neonazistas subiu 170%, saltando de 7.600 para 20.502. No mesmo período, os

comentários em fóruns sobre o tema cresceram 42.585%.


No entanto, ações afirmativas ampliam suas atuações e se firmam com foco na

inclusão e principalmente no entendimento e conhecimento histórico como ponto

de partida para sedimentar a importância das contribuições tanto dos povos de

origem africana - alvo desses grupos - quanto, no Brasil, de pessoas

nordestinas - outro alvo do preconceito.


Cenas como a que ocorreu no Peru nos colocam diante de nós mesmos, para

que avaliemos pequenas ações de discriminação – seja racial, religiosa, sexual,

social – pois cada atitude, uma piada, um meio-riso irônico diante de situações

em que a diversidade humana se mostra, pode significar de modo mais amplo a

existência cruel e abominável do preconceito.


E cada vez fica mais claro que intolerância rima com ignorância e que o melhor

caminho, talvez o único, seja o conhecimento, a ciência e o esclarecimento

mostrando que somos todos formados pelo mesmo elemento, todos formamos

a raça humana, cheia de defeitos, de limitações, mas todos iguais.


 

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