Enfermagem em Estomaterapia em Pacientes Oncológicos: Desafios e Estratégias de Cuidado

Enfermagem em Estomaterapia em Pacientes Oncológicos: Desafios e Estratégias de Cuidado

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A redução das taxas de mortalidade e o consequente aumento na expectativa de vida são dois fatores positivos e muito desejáveis que levam a uma consequência nada agradável: o aumento das doenças crônico-degenerativas, principalmente as doenças cardiovasculares e o câncer. A informação está no artigo “O Desafio do Autocuidado para Pacientes Oncológicos Estomizados” publicado na Revista da Associação Brasileira de Estomaterapia.
 
Entre os tipos de câncer mais incidentes, o de cólon e reto é o terceiro mais comum no mundo e o segundo em países desenvolvidos. A cirurgia, frequentemente necessária para tratar esses tipos de câncer, pode resultar na criação de estomas intestinais, trazendo consigo uma série de desafios para os pacientes oncológicos. 
 
Neste artigo, iremos explorar os desafios e as estratégias de cuidado em estomaterapia para pacientes oncológicos. Acompanhe!
 
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O Impacto do Câncer de Cólon e Reto
 
O câncer de cólon e reto representa aproximadamente 9,4% de todos os cânceres, com cerca de um milhão de novos casos por ano. De acordo com FCECON (Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas) o câncer colo-retal é a terceira causa mais comum de morte por câncer, no Brasil e possui maior incidência na faixa etária entre 50 e 70 anos — embora as possibilidades de desenvolvimento já aumentam a partir dos 40 anos.
 
A cirurgia é um tratamento vantajoso para essa condição, pois pode curar um número significativo de casos localizados e permite um estadiamento mais adequado da doença. A sobrevida dos pacientes após cinco anos varia de 60 a 70%, o que mostra a eficácia da intervenção cirúrgica.
 
Necessidade de Estomas
 
Em muitos casos, a criação de um estoma intestinal é uma parte essencial do tratamento cirúrgico do câncer de cólon e reto. Os estomas podem ser temporários ou permanentes e são cruciais para a sobrevivência do paciente. No entanto, a presença de um estoma traz uma nova realidade para os pacientes, implicando em mudanças fisiológicas e emocionais significativas.
 
Desafios Vivenciados por Pacientes Oncológicos Estomizados
 
Pacientes oncológicos estomizados frequentemente se sentem estigmatizados e diferentes das outras pessoas. A adaptação ao estoma pode suscitar sentimentos de estranhamento, baixa autoestima e dificuldades emocionais, afetando a qualidade de vida. Esses pacientes precisam lidar com a aceitação de seu novo corpo e a manutenção de sua rotina diária, agora alterada.
 
Mudanças Fisiológicas e Rotinas
 
A presença de um estoma implica em mudanças nos hábitos e rotinas de vida. Pacientes devem aprender a conviver com o estoma, adaptando-se a novas práticas de autocuidado e manuseio de dispositivos. Isso pode ser um processo desafiador, que requer suporte contínuo e estratégias educativas eficazes.
 
Estratégias de Cuidado em Estomaterapia
 
Diante dos desafios mencionados, os enfermeiros devem reconhecer cada paciente como um indivíduo único, com sua própria história de vida, cultura e valores. A personalização do cuidado é essencial para atender às necessidades específicas de cada paciente, facilitando a adaptação e a aceitação do estoma.
 
Incentivo ao Autocuidado — Uma estratégia crucial é incentivar o autocuidado dos pacientes estomizados. Orientações claras e educativas sobre o manuseio do estoma e dos dispositivos são fundamentais. Essas orientações ajudam os pacientes a desenvolver habilidades práticas, promovendo a independência e melhorando a autoestima.
 
Suporte Emocional e Educacional — Implementar estratégias educativas que abordem tanto aspectos técnicos quanto emocionais é vital. Encorajar a expressão de sentimentos e proporcionar um ambiente de apoio pode aliviar o impacto psicológico do estoma. Além disso, grupos de apoio e consultas regulares com profissionais de saúde podem oferecer o suporte contínuo necessário para a adaptação.
 
Você Quer Saber Mais?
 
A estomaterapia em pacientes oncológicos apresenta desafios significativos, mas com estratégias de cuidado adequadas, é possível promover uma melhor qualidade de vida e bem-estar para esses pacientes. A personalização do cuidado, o incentivo ao autocuidado e o suporte emocional são componentes essenciais para o sucesso do tratamento.
 
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