Doenças e Agravos Não Transmissíveis - DANTs

Doenças e Agravos Não Transmissíveis - DANTs

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Por William Malagutti
Coordenador do curso de Pós-graduação em Saúde Pública e ESF para Enfermeiros
 
As mudanças sociais, econômicas e políticas ocorridas no mundo no século passado produziram alterações importantes para a vida da sociedade e também no perfil de ocorrência das doenças de nossa população.
 
Em uma metrópole como São Paulo, elas produzem um grande impacto no perfil de saúde e doença da população. A luta pela sobrevivência, o desemprego, vários tipos de poluições: ar, água, solo, visual e eletromagnética, a automatização do trabalho, o estresse, o consumismo e a violência urbana têm determinado mudanças nos estilos de vida da população, que se refletem num grande número de agravos não transmissíveis.
 
As DANTs - Doenças e Agravos Não Transmissíveis e/ou Doenças Crônicas não Transmissíveis  podem ser elencadas  como:
 
•    Doenças do coração -  anginas, infarto do miocárdio,
•    Doenças do pulmão - enfisema, bronquite e asmas e DPOC – Doença pulmonar obstrutiva crônica,
•  Doenças da circulação - Hipertensão arterial e acidentes vasculares encefálicos, ou popularmente conhecidos como “derrames”, atualmente AVE – Acidente Vascular Encefálico.
•    Doenças metabólicas - diabetes, hipertcolesterolemia (aumento de colesterol) e a obesidade.
•    Doenças do aparelho locomotor: Artroses, artrites.
•   Doenças relacionadas com o trabalho - como a Síndrome de Burn Out e condições de vida, estresse, depressão, ansiedade e síndrome do Pânico.
•    Agravos decorrentes da Violência urbana (homicídios, suicídios e violências),
•    Diferentes tipologias de Câncer ou doenças oncológicas.
 
Essa transição do quadro epidemiológico tem impactado a área de Saúde pública no Brasil e o desenvolvimento de estratégias para o controle das DANTs tornou-se prioridade para o SUS - Sistema Único de Saúde.
 
A vigilância epidemiológica das DANts e de seus fatores de risco é de fundamental importância para a implementação de políticas públicas de saúde, voltadas para a prevenção, controle e prevenção dessas doenças.
 
Muitos dos fatores que influenciaram essas doenças são comuns a várias doenças e podem ser previsíveis com: os maus hábitos alimentares, sedentarismo, o tabagismo, o uso de drogas lícitas e ilícitas, estresse, violências e acidentes.
 
Dentro da Agenda Nacional de Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, foi elaborado o projeto Pratique Saúde que enfoca a promoção de modos de viver saudáveis,  considerando a promoção do autocuidado ou da autoregulação dos sujeitos e de coletividade, o que implica em um conjunto de políticas publicas que se comprometam na diminuição da vulnerabilidade da população, com ações relacionadas aos temas: alimentação saudável, tabagismo, diabetes, atividades físicas e práticas integrativas de saúde.
 
Dentro das práticas alternativas que foram inseridas nas Unidades Básicas de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, podemos citar: Medicina Tradicional Chinesa (Tai Chi Chuan, Lian Gong, Meditação), automassagem, Ioga, Lien Chi, caminhadas, alongamento, danças circulares e Afromix.
 
Sendo assim, é importante que a população conheça e faça sua adesão nestes programas difundidos pelas Unidades de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, com o objetivo de promoção de qualidade de vida, prevenindo determinadas doenças e suas prováveis complicações que comprometem o estado geral destes pacientes que podem evoluir com sequelas e em casos mais extremos, se complicados, remetem à morte dos pacientes.         
 
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