Boxe é medalha de ouro no Brasil – a força começa nos pés

Boxe é medalha de ouro no Brasil – a força começa nos pés

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O Brasil destacou-se nas olimpíadas no boxe, levando medalha de ouro. O atleta Robson Conceição conquistou sua primeira medalha olímpica na categoria peso ligeiro (60 kg).

Essa é a quinta medalha brasileira no boxe em Olimpíadas, e, por trás de toda essa glória, há muito suor e pés no chão. No boxe, os punhos são essenciais. No entanto, o que pouca gente sabe é que os pés também exercem um papel fundamental na aplicação de qualquer golpe, tanto para defesa quanto para ataques. Assim, é muito importante que o atleta tenha um excelente condicionamento físico e um bom controle motor para executar golpes precisos.

"Você não dá o golpe só com o braço, tem que rodar o corpo todo", afirma Adriana Araújo, medalha de bronze nos Jogos de Londres-2012.

Para ter um bom desempenho, além de manter um bom treinador, os boxeadores precisam fazer exercícios para fortalecimento da musculatura e das articulações, aprimoramento de golpes, sparring (luta contra outro atleta) e corridas.

Tudo isso está atrelado a uma dieta regulada, pois o atleta somente pode competir se o peso estiver adequado. É comum alguns às vezes fazerem corridas usando casacos para provocar a perda de peso, que pode chegar de 5 kg a 10 kg. Após a pesagem, no dia anterior à luta, no entanto, voltam a comer normalmente e recuperam o peso perdido.

Os golpes utilizados muitas vezes são básicos, mas muito potentes. O que pode ser decisivo na aplicação deles é a sequência combinada. O mais utilizado é o jab. Ele serve como preparação para outros golpes mais potentes, como o direto, e também para testar a atenção do rival e manter distância dele.

Outro diferencial na luta que pode ser decisivo para o resultado final é a velocidade da reação do boxeador de acordo com os golpes executados pelo adversário. Quanto a isso, é necessário, além de ter bons reflexos, ter potência muscular e resistência cardiorrespiratória. O boxeador deve ter altos níveis de resistência para se manter ativo, golpeando e movimentando-se durante todo o combate.

O professor Wiliam Soares de Freitas, coordenador do curso de Pós-Graduação em Lutas, Artes Marciais e Esportes de Combate (MMA): Iniciação ao Treinamento, comentou sobre como o preparo e o condicionamento físico do atleta Robson Conceição contribuíram para sua vitória: 

“O próprio Robson, em entrevista após a competição, além da experiência de dois jogos olímpicos, ressaltou a preparação física, orientações em relação a alimentação, controle emocional, fisiologista, entre outros, para melhorar seu desempenho, demonstrando a importância de um profissional de lutas conhecer além dos aspectos técnicos e fornecer aos seus alunos condições de igualdade com os competidores internacionais.”

As lesões mais comuns nesses atletas são em ombros, supercílios, punhos e cotovelos. Como parte da recuperação, usa-se a crioterapia (imersão no gelo para reduzir dores e amenizar inflamações), além de massagens.

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