O Brasil registrou 2.708.884 nascimentos (IBGE), em 2021. Ou seja, quase 3 milhões de mulheres ficaram grávidas e precisaram de serviços como o pré-natal e a assistência de profissionais especializados — dentre eles, de uma enfermeira obstétrica.
No entanto, sabendo que o Cofen informa que existem no Brasil pouco mais de 700 mil enfermeiros, é fácil perceber a imensa carência de profissionais de enfermagem com especialização em Obstetrícia. Ainda mais considerando que:
- De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), apesar da redução dos índices de gravidez na adolescência, todos os anos cerca de 19 mil meninas de 10 a 14 anos ficam grávidas no Brasil.
- O número de mães na adolescência, com idades entre 10 e 19 anos, foi de 380,7 mil em 2020 — conforme dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos.
- Outro dado interessante trazido pelo IBGE é que as mulheres estão engravidando cada vez mais tarde no Brasil. Em 2021, 13.227 mulheres deram à luz com mais de 45 anos — de acordo com as Estatísticas de Registro Civil do IBGE.
A importância da Enfermagem Obstétrica
Sabemos que as mortes maternas podem ser prevenidas quando se dispõe de conhecimento e tecnologia que aumentam o acesso da população aos serviços de planejamento familiar e melhora a qualidade da atenção pré-natal.
Por isso é tão importante ter profissionais capazes de reconhecer a presença de complicações durante o ciclo gravídico puerperal e assegurar a assistência obstétrica básica. Ou seja, profissionais de enfermagem com especialização em obstetrícia proporcionam o direito à maternidade sem risco e cuidados no pós-aborto e pós-parto.
A importância do Pré-Natal
Como diz um artigo da Fundação Abrinq, “o pré-natal é essencial para garantir que a mulher e o bebê tenham uma gestação e um parto saudáveis e sem nenhuma complicação”. O Ministério da Saúde recomenda no mínimo 6 consultas de pré-natal durante toda a gravidez, sendo ideal que já iniciem nos primeiros três meses de gestação.
Uma enfermeira com especialização em Obstetrícia é, especialmente necessária no pré-natal de alto risco. Mais de 260 mil mulheres tiveram parto em gestação de alto risco no Brasil (cesariano e normal), de acordo com dados preliminares do Ministério da Saúde.
Veja razões da importância do pré-natal com o acompanhamento de uma Enfermeira Obstétrica:
- Um pré-natal bem feito impacta não só na mulher, mas no nascimento e no bebê que está vindo: o que vai determinar a viabilidade do nascimento da criança foi o que aconteceu antes.
- Quando o pré-natal não é feito, o parto é feito “às escuras” porque os profissionais não sabem o que aconteceu com a mulher e em que condições está o bebê.
- Durante o pré-natal, faz-se o monitoramento da pressão arterial para verificar qualquer tipo de alteração e assim evitar que evolua para uma eclampsia ou pré-eclâmpsia.
- Muitas mulheres desenvolvem doenças hipertensivas na gestação que podem ser controladas com medicamentos, atividades físicas e alimentação até o final da gestação.
- O pré-natal pode ajudar a prevenir e tratar infecções urinárias, obesidade na gravidez e diabetes gestacional.
- A falta do pré-natal pode gerar o parto prematuro, sequelas e até o óbito fetal.
- O pré-natal monitora uma série de fatores que impactam diretamente na saúde do bebê e sua infância.
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Sabemos que o número de enfermeiros obstetras no país ainda é insuficiente para a assistência à mulher nos aspectos reprodutivos e ginecológicos. Isso representa um desafio e uma grande oportunidade para você que é um profissional de enfermagem.
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