Rompimento de lagoa de mineração

Rompimento de lagoa de mineração

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Em tão pouco tempo, outro acidente ambiental trouxe prejuízos para o meio ambiente. Como se não bastasse o rompimento da barragem de rejeitos em Minas Gerais, no município de Jacareí (SP) ocorreu o rompimento de um talude que continha rejeitos de extração de areia, poluindo assim o Rio Paraíba do Sul. O motivo do rompimento, ocorrido no dia 5 de fevereiro de 2016, foi o excesso de lançamento de resíduos na lagoa de rejeito. 

Com o rompimento, a qualidade da água tornou-se imprópria para o abastecimento público, pelo seu alto nível de turbidez. Como o Rio Paraíba do Sul abastece 75% do município de São José dos Campos (cerca de 700 mil habitantes), este foi o principal município afetado pela poluição.

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo multou a mineradora responsável em 5 milhões de reais, por lançar os resíduos de beneficiamento de areia no Rio Paraíba do Sul, e detectou a presença de alumínio e ferro acima dos valores de referência estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). No entanto, mesmo com o aumento dessas substâncias nas águas do rio, a poluição não oferece riscos à fauna aquática e à saúde humana. 

A região do Vale do Paraíba do Sul é uma região onde a mineração é uma atividade extremamente importante do ponto de vista econômico. Um dos instrumentos que auxiliam na fiscalização dessas áreas é o Zoneamento Minerário do Vale do Paraíba do Sul, que tem o objetivo de preservar o ambiente já bem alterado pelo homem. A falta do instrumento poderia acarretar diversos problemas ambientais, tais como degradação do rio e suas margens, problemas com o abastecimento público e problemas paisagísticos e econômicos.

Vale ressaltar que esse acidente aconteceu três meses após o desastre ambiental em Mariana (MG).

Texto enviado pelo professor Edgard Joseph Kiriyama, Mestre em Tecnologia Ambiental e Coordenador dos cursos de pós-graduação em Gestão Ambiental da Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS).
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