Quem são os principais filósofos brasileiros na atualidade?

Quem são os principais filósofos brasileiros na atualidade?

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O termo “filosofia”, tem sua origem no grego “philosophia”, considerando a junção entre as palavras “philos” (amor) e “sophia” (sabedoria), portanto, em seu significado literal, essa área do conhecimento destina-se ao “amor pela sabedoria”. A partir de seu significado literal, é possível compreender o estudo dessa área do saber enquanto responsável por auxiliar no entendimento da realidade, realizado a partir de questionamentos e críticas, além de atuar na transformação do conhecimento passivo em ativo.
 
A filosofia é a grande responsável por possibilitar ao ser humano que compreenda melhor a si mesmo, a sociedade e o mundo ao seu redor, em especial por estimular o desenvolvimento de pensamentos, ações e comportamentos mais autônomos.
 
 
Continue a leitura para conhecer os principais filósofos brasileiros!
 
 

Conheça os principais filósofos brasileiros contemporâneos

Apesar de a Filosofia ter surgido na Grécia Antiga, durante o século VI a.C., ela só começou a se desenvolver no Brasil no século XVI, com a vinda da Companhia de Jesus para o país recém colonizado pelos Europeus, no intento de catequizar os indígenas presentes, porém, sua educação era voltada para fins religiosos, baseando seus fundamentos nos ensinados pela Igreja Católica. Já o primeiro curso profissionalizante de Filosofia surgiu em 1908, sendo inaugurado na Faculdade de São Bento, uma importante instituição que atuou enquanto intermédio para a introdução de pensamentos kantinianos no país.
 
Na atualidade, com a maior difusão desta área do saber, diversos filósofos e pensadores se destacam, mantendo sua relevância ao auxiliar tanto na popularização da Filosofia, quanto em colocar holofotes sobre importantes discussões para a sociedade, tais como a desigualdade. Saiba quem são os principais filósofos brasileiros na contemporaneidade:
 
 
1. Leandro Karnal
Historiador e filósofo brasileiro, Karnal se formou na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em Porto Alegre, e concluiu seu doutorado na Universidade de São Paulo (USP). É, atualmente, professor na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), além de ser uma figura pública nas redes sociais, onde dialoga sobre ética, religião e política. O filósofo é autor de diversos livros best-sellers, como ‘O ódio nosso de cada dia’ (2017) e ‘Diálogos de culturas’ (1998), tendo seu trabalho fortemente influenciado por Jean-Paul Sartre e pela tradição fenomenológica.
 
2. Luiz Felipe Pondé
Mestre pela Universidade de Paris e doutor em Filosofia pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado pela Universidade de Tel Aviv, o filósofo possui grandes influências do trabalho de Friedrich Nietzsche e de Søren Kierkegaard. Atualmente mantém uma coluna no jornal Folha de S. Paulo, além de ter produzido inúmeros livros, dentre eles, o best-seller ‘Guia politicamente incorreto da filosofia’ (2012).
 
3. Mario Sérgio Cortella
Mestre e doutor em educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), já foi Secretário Municipal de Educação no estado de São Paulo e atualmente, leciona em sua universidade de formação. Com influência na filosofia clássica, em especial a formulada por Aristóteles, Cortella aborda temas como trabalho, ética e existencialismo, sendo autor de obras como ‘Por que fazemos o que fazemos?’ (2016) e ‘Não nascemos prontos! Provocações filosóficas’ (2006).
 
4. Djamila Ribeiro
Mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), atua como colunista no site da Carta Capital. É considerada um dos grandes nomes da nova filosofia brasileira, abordando temas urgentes, como feminismo, racismo e ativismo digital, além de contar, em seu trabalho, com influências de Angela Davis. Possui alguns livros publicados, dentre eles os best-sellers ‘O que é lugar de fala?’ (2017), ‘Quem tem medo do feminismo negro?’ (2018) e ‘Pequeno manual antirracista’ (2019), onde explora questões de raça, gênero e desigualdade sobre perspectivas decoloniais e afrocentradas.
 
5. Viviane Mosé
Filósofa, psicóloga e psicanalista, é mestre e doutora pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Além disso, atua como sócia e diretora de conteúdo da Usina Pensamento, onde se promovem atividades que envolvam educação, filosofia e literatura. Foi colaboradora fixa no programa global ‘Encontro com Fátima Bernardes’, além de ter atuado como apresentadora o quadro ‘Ser ou Não Ser’, no programa global ‘Fantástico’. Suas pesquisas são influenciadas pelas obras de Nietzsche, tendo publicado alguns livros, como ‘Nietzsche e a grande política da linguagem’ (2005), ‘O homem que sabe’ (2011) e ‘Política: nós também sabemos fazer’ (2018.
 
6. Marilena Chauí
Considerada a filósofa brasileira mais importante, segundo a Revista Cult, é mestre e doutora pela Universidade de São Paulo (USP), sendo, atualmente, professora na mesma universidade. Grande especialista das obras de Baruch Espinoza, a professora já foi honrada com inúmeros prêmios e títulos, como o Prêmio Jabuti por seu livro ‘A nervura do real’ (2016). Além disso, Chauí possui grande participação na militância política, onde participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT).
 
7. Leandro Konder
Graduado em Direito e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), se tornou professor titular no Departamento de Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). É considerado um dos grandes divulgadores da obra de György Lukács, sendo responsável pela publicação de mais de vinte livros. Durante o período ditatorial, foi um forte defensor das causas trabalhistas para diversos sindicatos, ocasionando em sua prisão, tortura e exilamento em 1972. Dentre suas obras de maior destaque estão ‘Introdução ao fascismo’ (1977), ‘O que é dialética’ (1981) e ‘As ideias socialistas no Brasil’ (1995).
 

A importância da Filosofia na atualidade

A Filosofia desempenha um papel fundamental na contemporaneidade, pois oferece as ferramentas necessárias para assegurar a compreensão e o engajamento com a complexidade do mundo. Enquanto a ciência, por exemplo, se concentra em responder “como decorrem” os fenômenos, a Filosofia atua enquanto um convite de exploração ao porquê das coisas, e ao que são. Assim, ao estimular o questionamento e a reflexão crítica, a prática filosófica capacita os indivíduos a irem além do senso comum, em busca do desenvolvimento de um pensamento mais autônomo.
 
Na sociedade atual, a Filosofia promove um diálogo aberto, pautado no bom senso e na busca de compreensão das dinâmicas relacionais em sua profundidade, possibilitando um espaço ético e político, onde as interações coletivas se fortalecem em prol da reflexão sobre a sociedade, colaborando para a conscientização geral. Ao refletir sobre questões cotidianas, essa área do saber oferece novas perspectivas e ferramentas para que problemas e conflitos sejam manejados de maneira mais ponderada e informada.
 
 
Ao estimular o indivíduo a pensar por si mesmo, a Filosofia nos liberta das amarras da ignorância e nos conduz em direção à sabedoria, pois, ao se reconhecerem como sujeitos críticos, capazes de indagar sobre suas identidade, origem e destino, essa área do conhecimento os permite expandir a consciência e transformar inquietações em respostas. 
 

O papel dos filósofos brasileiros na construção do país

No Brasil o filósofo, embora por vezes subestimado, é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais crítica e consciente, pois será através de suas obras, artigos científicos e iniciativas de popularização do pensamento, como palestras e engajamento em mídias diversas, que esses pensadores irão oferecer as ferramentas necessárias para suscitar a reflexão sobre os desafios e as complexidades da realidade brasileira. 
 
Ao fomentar o debate público e estimular o questionamento de ideias estabelecidas, os filósofos contribuem para a formação de cidadãos mais informados, além de aumentar seu engajamento na sociedade, tornando esses indivíduos capazes de analisar criticamente o contexto social, político e cultural em que vivem.
 
 
Inspirados pela máxima de Theodor Adorno, que associa o esclarecimento individual ao progresso da sociedade, os filósofos brasileiros contemporâneos desempenham um papel indispensável na promoção de uma reflexão crítica sobre o mundo e a atuação do homem moderno no cenário nacional, abordando temas urgentes e relevantes para a realidade brasileira, como desigualdade social, questões de identidade, desafios éticos e políticos, contribuindo para a construção de um pensamento nacional mais autônomo e engajado com as particularidades do país. Deste modo, os filósofos brasileiros atuam como agentes de transformação social, oferecendo perspectivas teóricas e analíticas que podem subsidiar a tomada de decisões mais conscientes e a formulação de políticas públicas mais eficazes.
 

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