
Descobrir as origens da Psicomotricidade permite uma compreensão mais profunda sobre essa área do conhecimento, responsável por integrar movimento, emoção e cognição. Sua história é marcada pela interdisciplinaridade de variados campos, e revela como a percepção sobre o desenvolvimento humano evoluiu, reconhecendo a indissociabilidade entre corpo e mente.
Assim, seu contexto reflete um percurso de inúmeras descobertas e aprimoramentos que ressaltam sua relevância para diversos campos de atuação, reforçando sua importância e aplicações no desenvolvimento.
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Continue a leitura para se aprofundar na história da psicomotricidade.
As raízes da Psicomotricidade: entre medicina, educação e filosofia
A Psicomotricidade surgiu na Europa, no final do século XIX e início do século XX, emergindo a partir de observações clínicas perspicazes, onde médicos e pesquisadores passaram a notar que distúrbios motores em crianças não tendiam a se manifestar isoladamente, e sim apareciam interligados a aspectos emocionais e cognitivos.
Tal percepção lançou as bases para uma nova perspectiva sobre o desenvolvimento infantil, se caracterizando como um modo pioneiro de compreender o desenvolvimento motor.
Essa abordagem foi profundamente influenciada por diversas áreas do conhecimento, como a neurologia e a psiquiatria infantil, que contribuíram para as bases biológicas e psicológicas do movimento, como a psicanálise, que ofereceu referências sobre a dinâmica das emoções e suas manifestações corporais, e como a pedagogia, que buscou métodos eficazes para auxiliar no desenvolvimento integral.
A Psicomotricidade nasceu desse cruzamento de saberes, como uma resposta inovadora, onde o objetivo central era fornecer uma compreensão ampla sobre o ser humano, reconhecendo que o corpo e a mente não funcionam como entidades separadas, mas como um sistema integrado.
Essa visão interdisciplinar foi fundamental para o estabelecimento da Psicomotricidade enquanto campo de estudo e intervenção, abrindo margens para futuros pesquisadores desenvolverem o conhecimento de forma mais aprofundada.
André Lapierre, Jean Le Boulch e Vayer: três pilares da abordagem europeia
Entre as décadas de 1940 e 1970, a Psicomotricidade ganhou contornos mais definidos graças a importantes pensadores europeus, como por exemplo Jean Le Boulch, que foi o grande responsável por introduzir a noção de “educação pelo movimento”, enfatizando o papel do movimento na formação da personalidade e no desenvolvimento cognitivo, conceito, este, fundamental para a educação psicomotora.
Além de Boulch, a Psicomotricidade contou com contribuições de figuras de destaque, como Bernard Aucounturier, seguindo seu desenvolvimento de uma Psicomotricidade relacional, e Pierre Vayer e André Lapierre, que contribuíram para a estruturação desse campo de estudo.
Esses grandes teóricos foram responsáveis por sistematizar abordagens que estabeleceram conexões profundas entre o corpo, os afetos e a cognição, delineando a Psicomotricidade funcional.
As ideias desses cientistas pioneiros continuam a ser referências essenciais para profissionais da área, sendo suas teorias aplicadas em diversas clínicas e escolas até os dias atuais, servindo como base para intervenções que visam o desenvolvimento global da criança.
Da Europa para o mundo: a psicomotricidade ganha reconhecimento científico e educacional
A partir dos anos 1980, a Psicomotricidade vivenciou um período de consolidação e expansão global, passando a ser reconhecida enquanto um campo de estudo e intervenção, sendo legitimada, e ganhando espaço em diversos países, solidificando sua importância em contextos acadêmicos e práticos.
No Brasil, a área ganhou força com a institucionalização de cursos de formação, a criação de associações profissionais e a realização de eventos científicos. Tal estruturação contribuiu para a disseminação do conhecimento e para a profissionalização da área, tornando o curso Psicomotricidade cada vez mais procurado.
A aproximação com as neurociências fortaleceu ainda mais a legitimidade desse campo interdisciplinar, pois pesquisas passaram a demonstrar de forma inequívoca que o corpo e a mete são indissociáveis desde os primeiros anos de vida, reforçando a relação entre movimento e desenvolvimento cognitivo e emocional.
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