O papel da sociologia na compreensão das transformações sociais no Brasil contemporâneo

O papel da sociologia na compreensão das transformações sociais no Brasil contemporâneo

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A sociologia se trata de um campo de estudo englobada pela ciência social, onde tem como principal objetivo o estudo das relações, estruturas e fenômenos sociais, sendo principalmente orientada pelo estudo do conflito existente entre as classes sociais. Por se tratar de uma frente de estudo social, essa área desempenha um papel fundamental na compreensão das transformações sociais complexas que os países enfrentam ao longo dos séculos.
 
 
Desde sua redemocratização, o Brasil passa por processos sociais, econômicos e culturais intensos, responsáveis por redefinir toda a estrutura social do país, além de orientar novos desafios a serem enfrentados. Portanto, a sociologia por possui caráter acadêmico, ao tratar de pesquisas rigorosas, consegue prever cenários através de teorias consistentes, visando compreender as grandes causas das transformações sociais, suas consequências e os significados por trás dessas mudanças para a população brasileira.
 
Continue a leitura para entender o papel da sociologia no estudo das transformações sociais.
 

Quais são as principais transformações sociais vividas pelo Brasil nas últimas décadas?

Nas últimas décadas, o Brasil tem vivenciado inúmeras transformações demográficas e urbanas, onde houve um aumento significativo na urbanização do país, com a maior parte da população passando a se concentrar em áreas metropolitanas, colaborando para o aumento de desafios relacionados à infraestrutura, moradia, transporte e, principalmente, segurança.
 
Em paralelo, houve, também, uma transição demográfica, com o envelhecimento da população e a queda nas taxas de natalidade, impactando diretamente o mercado de trabalho, a previdência social e as demandas por serviços de saúde e assistenciais especializados.
 
O avanço tecnológico surge enquanto outro fator causador das grandes transformações sociais, colaborando par ao aumento da globalização, transformação do mercado de trabalho e das relações de produção, além de causar mudanças nas políticas econômicas que, por sua vez, levam à precarização de algumas formas de trabalho, aumentando a incidência de novas ocupações e da informalidade trabalhista.
 
 
Além disso, as mudanças nos padrões de consumo, nas identidades culturais e nas relações sociais também impõe mudanças na sociedade, sendo, principalmente, orientadas pela maior conectividade do globo, onde as tecnologias alteraram a forma como as pessoas se comunicam e se relacionam, criando novas identidades e comunidades e, indiretamente, catalisando a diversidade cultural e o surgimento de novos movimentos sociais em prol de reconhecimentos e direitos.
 
 

Como a sociologia contribui para analisar essas transformações?

A sociologia contribui significativamente para a análise das transformações sociais, atuando por meio de uma abordagem crítica e sistemática, indo para além de simples explicações superficiais. Esse campo possibilita a identificação das estruturas subjacentes que influenciam os fenômenos sociais, tais como as desigualdades de classe, gênero e raça, que persistem e se reconfiguram constantemente, em especial durante os períodos de mudanças.
 
Assim, por meio da aplicação de pesquisas empíricas e da análise teórica, a sociologia se pauta nas raízes históricas e nos múltiplos fatores que ocasionam as transformações, proporcionando uma compreensão profunda e ampliada da realidade.
 
Além disso, a sociologia também oferece um referencial conceitual e metodológico para investigar os impactos das transformações na vida cotidiana das pessoas e nos diferentes grupos sociais. Por meio de conceitos como anatomia, solidariedade, estratificação social, mobilidade social e capital cultural, os sociólogos conseguem analisar como as transformações sociais afetam as oportunidades, condições de vida, relações familiares e comunitárias, bem como as aspirações individuais e coletivas, possibilitando um panorama mais completo e preciso das consequências sociais.
 
Por fim, a sociologia desempenha um papel fundamental na promoção do debate público e na formulação de políticas sociais pois, ao fornecer diagnósticos sobre os problemas sociais emergentes e ao propor análises sobre suas causas e desdobramentos, este campo do saber alimenta a discussão sobre os rumos da sociedade.
 
 
As pesquisas sociológicas podem, em muitos casos, subsidiar a criação de políticas públicas mais eficazes, voltadas para a redução das desigualdades, a promoção da inclusão social e a garantia dos direitos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
 

Quais sociólogos brasileiros ou teorias são fundamentais para compreender o Brasil atual?

A sociologia brasileira, que emergiu com força entre as décadas de 1920 e 1930, em decorrência da fundação da Universidade de São Paulo (USP), em 1934, teve em seus precursores a preocupação fundamental de compreender a formação da sociedade brasileira, onde, nomes como Sérgio Buarque de Holanda, Gilberto Freyre e Caio Prado Júnior foram essenciais para analisar a influência do longo período de escravidão, a economia de exploração voltada ao mercado externo e a participação de negros e indígenas na formação social do país. 
 
Já nas décadas de 1950 e 1960, a sociologia brasileira se aprofundou em temas como o trabalho no campo e nas indústrias, as relações de desigualdade e exploração, a dependência econômica e a reforma agrária, sendo nesse período que autores como Florestan Fernandes se destacaram. Sua análise sobre a "revolução burguesa" no Brasil e do desenvolvimento do capitalismo dependente se tornou fundamental para a compreensão de como o país se modernizou sem romper com as estruturas arcaicas de desigualdade, especialmente ao se tratar da questão racial e da educação.
 
A partir de 1985, com a redemocratização, as pesquisas sociológicas começaram a se diversificar, e os sociólogos voltaram a atenção para as novas relações de trabalho, o impacto do neoliberalismo, o surgimento de tecnologias e, sobretudo, para os grupos historicamente marginalizados. Nesse contexto, a contribuição de Octavio Ianni, com suas análises sobre a sociedade global e as novas formas de dominação, e de Jessé Souza, com sua crítica à "ralé brasileira" e ao conceito de patrimonialismo, são de grande importância até os dias atuais, pois nos ajudam a compreender as complexas relações de poder, a persistência das desigualdades sociais e os desafios para a consolidação de uma democracia mais plena e inclusiva no Brasil contemporâneo.
 

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