Contraindicação e cuidados com o paciente que precisa fazer a fisioterapia aquática

Contraindicação e cuidados com o paciente que precisa fazer a fisioterapia aquática

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O tratamento de pacientes através da fisioterapia aquática é muito eficiente e ajuda na melhora da qualidade de vida das pessoas com diversos tipos de patologias. Porém, há alguns cuidados que o fisioterapeuta precisa ter na hora de indicar ou aplicar uma sessão de fisioterapia na piscina.
 

O número de contraindicações relacionadas a um tratamento de fisioterapia aquática é considerável. E o Prof Eduardo Filoni, docente do curso de pos graduação em Fisioterapia em Traumatologia e Ortopedia nos explicou como funciona a definição de quem pode ou não se submeter a fisioterapia aquática.
 

Mas o que é fator decisivo para a exclusão ou inclusão de um paciente desse tipo de tratamento?
•    Temperatura da água;
•    Intensidade do exercício;
•    Idade;
•    Experiência anterior no ambiente aquático;
•    Profundidade da piscina;
•    Duração da sessão.

 

O Prof Eduardo Filoni ainda nos apresentou mais fatores relacionados ao paciente que podem ou não o excluir da fisioterapia aquática, como:
 

Febre - A febre é uma contraindicação relativa devido ‘as diferenças entre os indivíduos, hipóteses diagnosticas e temperatura da água. O sistema termorregulador do corpo humano não é 100% eficaz, tendo a temperatura central média de 36,5 ºC, podendo ocorrer uma variação de 0,6 ºC acima ou abaixo da temperatura média sem o corpo perder o seu equilíbrio termico.Por exemplo, crianças possuem seu sistema termorregulador imaturo e podem sofrer consequências imediatas a menor variação de temperatura central, necessitando neste caso uma observação cuidadosa do fisioterapeuta. Febres acima de 38 ºC estão contraindicadas para tratamento na piscina terapêutica.
 

Doenças Infecciosas -  Devido ao aumento do metabolismo promovido pela temperatura da água e realização dos exercícios, podem favorecer proliferação de bactérias e fungos em qualquer tipo de infecção.Dentre as infecções podemos citar tinea pedis, tinea capitis, infecções gastro intestinais, infecções entéricas/diarréicas, que apresentam incontinência intestinal e aqueles com incontinência e infecções do trato urinário.
 

Pacientes portadores de infecção sanguínea  tais como VHC, HIV, VHB, que não apresentem lesões abertas ou que possam produzir purulação, estão indicados para o tratamento em piscina terapêutica.

Porém eles e seus acompanhantes devem estar orientados quanto aos cuidados durante a transferência dentro do setor, diminuindo assim a possibilidade de intercorrências durante a sessão.
 

As infecções respiratórias como tuberculose ativa, resfriados e infecções virais que ocorrerá a probabilidade de partícula respiratória ficarem suspensa o uso da terapia aquática deve ser contra indicado.
 

Erupções cutâneas - Feridas abertas, áreas hemorrágicas e outras erupções cutâneas são contra-indicações relativas. Quando as feridas não estiverem infectadas e as suas características permitirem a utilização de proteção bio-oclusiva, há a possibilidade de ocorrer o tratamento aquático. As proteções bio-oclusivas possuem desvantagens como: alto custo, são descartáveis, e a vida útil durante a terapia é curta, dependendo da temperatura da água.
 

Alterações de sinais vitais -  Em casos de hipotensão arterial ou hipertensão arterial não controlados estamos diante de contraindicações absolutas. Os efeitos fisiológicos da imersão em conjunto com a conduta de tratamento podem predispor a ocorrência de alteração da pressão arterial, sendo necessário o controle por parte do terapeuta. Outras alterações como bradicardia, taquicardia, dispnéia, taquipneia e bradipneia são indícios para contra-indicação absoluta. Todos os sinais vitais devem ser mensurados durante a avaliação.
 

Período de menorréia -  Não encontramos razões para que o período menstrual seja considerado uma contra-indicação absoluta sendo indicado a utilização de absorvente interno. Porém nos casos de menorrágia não é indicado o tratamento na piscina terapêutica durante este período.
 

Baixa capacidade vital - Devido a pressão hidrostática a expansão da caixa torácica e a complacência pulmonar se tornam diminuídas, portanto pacientes que possuem a capacidade vital na faixa de 1,0 a 1,5 litros precisam ser avaliados, e a conduta de tratamento precisa ser descriminada da melhor maneira possível. Pacientes com doenças neuromusculares degenerativas geralmente apresentam diminuição da capacidade vital em uma fase mais avançada. Essa diminuição pode levar a um quadro de ansiedade.
 

Tímpanos perfurados - Os pacientes que apresentarem tímpanos perfurados não podem entrar na piscina terapêutica devido a possibilidade da entrada de água na orelha média, o que acarretaria lesões nas estruturas da mesma.”
 

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Referências Bibliográficas

1.CAMPION, Margaret Reid, Hidroterapia princípios e prática,1.ed, São Paulo, Manole, 2000.
2.BATES, Andrea & HANSON, Norm, Exercícios aquáticos terapêutico, 1.ed, São Paulo, Manole, 1998.
3.SKINNER, Alison T. & THOMSON, Ann., Duffield: exercícios na água, 3.ed, São Paulo, Manole, 1985.
4.RUOTI, Richard G. & MORRIS, David M. & COLE Andrew J. Reabilitação aquática, 1.ed, São Paulo, Manole, 2000.
5.GUYTON, Arthur C., Tratado de Fisiologia Médica, 8.ed, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1992.
6.BERKOW, Robert & FLETCHER, Andrew J. Manual Merck de medicina, 16.ed, São Paulo, Roca, 1995



 

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