Imaginação e o Reino Imaginal na obra de Carl Jung

Imaginação e o Reino Imaginal na obra de Carl Jung

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Imaginação e o Reino Imaginal na obra de Carl Jung
 
O psiquiatra, psicanalista e psicoterapeuta suíço Carl Gustav Jung tinha grande consideração pela imaginação. A palavra é citada 45 vezes em suas obras completas e fica claro que Jung considerava a imaginação não apenas como uma função da mente, mas como uma porta para o inconsciente, uma ferramenta vital para a autoexploração e o crescimento pessoal.
 
A Importância da Imaginação para Carl Jung
 
Jung considera a imaginação crucial tanto para o desenvolvimento da personalidade quanto para a cura psicológica. De acordo com seus estudos, a imaginação ativa poderia ajudar a trazer à tona conteúdos do inconsciente, permitindo uma integração mais completa da psique.
 
O que é Imaginação Ativa?
 
A técnica da imaginação ativa é uma das contribuições mais conhecidas de Jung. Ele desenvolveu essa técnica como uma forma de interagir diretamente com o inconsciente, permitindo que imagens, sentimentos e pensamentos emergissem de maneira espontânea e fossem trabalhados conscientemente.
 
O que Jung disse sobre a Imaginação?
 
Para Jung a imaginação ativa é uma maneira de dialogar com o inconsciente, permitindo que as fantasias e imagens sejam exploradas de forma consciente. Dessa forma, as imagens surgidas do inconsciente poderiam ter um papel orientador significativo em nossas vidas, ajudando-nos a encontrar direção e propósito.
 
 
 
Jung compreendia os sonhos como expressões da imaginação criativa do inconsciente, cheias de significado e potencial para a compreensão psicológica. Logo, trabalhar com a imaginação era um processo terapêutico. Jung acreditava que ao explorar as imagens que emergem do inconsciente, as pessoas poderiam acessar e integrar partes reprimidas ou desconhecidas de si mesmas.
 
 
 
Algumas frases de Carl Jung sobre a imaginação:
 
  • "A imaginação ativa é um método de compreender o fluxo das fantasias que emergem do inconsciente” —
     
  • "A criação de algo novo não é realizada pelo intelecto, mas pelo instinto de jogo que age a partir da necessidade interior. A mente criativa joga com os objetos que ama."
     
  • "As imagens do inconsciente são, de fato, as diretrizes de nossas vidas; elas nos guiam, como a estrela guia de Belém."
     
  • "Os sonhos são as manifestações espontâneas da imaginação criativa e se utilizam da imaginação na tentativa de nossa psique de comunicar algo à nossa mente consciente."
 
 
Jung e o Reino Imaginal
 
escreve no artigo “Jung on Imagination and the Imaginal Realm” que, embora não haja menção de “reino imaginal” nos trabalhos de Jung, não há dúvidas que ele entendia o conceito e conhecia o reino imaginal.
 
 
 
Mehrtens destaca que Jung reconhecia a realidade e o valor das coisas imateriais e se sentia confortável em explorar os reinos do mito e do mistério. Ele nunca reduziu símbolos a sinais ou considerou como meras “ilusões” coisas como alma, psique e religião.
 
 
 
Ele, que se denominou empirista e cientista, gostava de manter a tensão dos opostos, “recusando-se a excluir a possibilidade de um meio-termo, ou alguma terceira coisa ainda desconhecida”, escreve a Ph.D Susan Mehrtens.
 
 
 
Isso explica porque Jung encorajava as fantasias dos seus pacientes. Obviamente, não aquelas “fantasias inúteis, fúteis, mórbidas e insatisfatórias”, mas aquelas que encorajavam o “diálogo interno” de seu paciente.
 
 
 
Jung sabia que o trabalho de cura que ele e seus pacientes estavam realizando tinha que ser “feito com a verdadeira imaginatio”. Mehrtens destaca que, como seus predecessores alquimistas, Jung procurou promover mudanças em seus pacientes “através do poder da imaginação”.
 
 
 
Sim, foi com os alquimistas medievais que Jung compreendeu que podemos funcionar não apenas em um ou dois, mas em três níveis. Podemos agir e perceber no material, no espiritual e no nível entre eles: o reino imaginal.
 
 
 
Normalmente nossas mentes modernas só reconhecem como “real” o que é tangível, feito de matéria, e pode ser pesado, medido e submetido a testes científicos. Isso nada mais é do que um materialismo generalizado, quando as pessoas rejeitam como “falso” ou “irreal” o que não é material. Talvez por isso ele escreveu que “a dívida que temos com o jogo da imaginação é incalculável”.
 
 
 
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